Tuesday, September 26, 2006

White Shark...


...eating the surfer boys!

Rái Pípôu, eis-me aqui novamente.

Nossa prosa de hoje será sobre o famoso tubarão-branco.

Bom, esse dia foi a cerca de três semanas, quando estive em Gansbaai com meus amigos brasileiros Adriana e Ronaldo especialmente para ver os bichos. É realmente algo impressionante. Eles são imensos. São graciosos. São imponentes.

Foi uma excursão de cage diving, ou seja, mergulho na gaiola. Devo confessar que não mergulhei. Motivo? A água estava muito fria (± 14°C). E eu tenho mais medo de frio do que de tubarão: sou um cefalópode tropical...

Incrível ver uma criatura de 4 ou 5 metros aparecendo do nada para apanhar a isca. Ou os saltos que eles deram em algumas aparições. O mais impressionante é que você só vê o bicho quando ele está em cima da isca. Uma perfeita máquina de emboscada.

Isso tudo me leva a pensar no perigo que eu realmente passo cada vez que vou a campo para coletar meus ovinhos de lula. Quer dizer, perigo em potencial, dado que ataques a mergulhadores autônomos é raríssimo. Nós somos barulhentos e andamos em turma, algo que não agrada um caçador de emboscada como o grande branco.

Mas mesmo assim dá medo. Medo não, paura!

Como outros grandes predadores, é vero que os tubarões têm mais a temer da gente do que nós a eles. A pesca ilegal para coleção de troféis (mandíbulas de tubarão secas na sala de estar: a um tempo ridículo e brega... thanks para o infeliz filme Jaws, do Spilberg...), a poluição das águas, a pesca incidental - todas essas atividades humanas estão contribuindo para o declínio da população desses grandes pedadores na África do Sul. Uma vergonha para uma espécie que mui pretenciosamente se auto-denomina (sic) sapiens.

Mas as cagadas do homem com o planeta dariam um livro. Vou me abster de maiores comentários (por hora).

A foto que eu postei no começo saiu hoje (26/09) no jornal Cape Times. É só para o pessoal ter uma noção do tamanho dos bichos. Esse aí tinha cerca de 6 metros.

Cheers,

Plei

Monday, September 25, 2006

Sobre minhas crenças I: Espiritismo, caridade, Chico Xavier



Não sei se todo mundo que me conhece sabe, mas eu sou espírita.

Isso não quer dizer, de maneira alguma, que eu acredite ou siga todas as diretrizes da doutrina kardecista. Mas o que eu acho bacana nessa estória toda é o lance da caridade, de ajudar o próximo.

Toda essa estória de espíritos, reencarnação, comunicação entre vivos e desencarnados e similares é para mim secundário, embora eu ache o assunto muito interessante, e sempre tento analisar as coisas de uma maneira imparcial.

Admiro também muito a figura de Chico Xavier. O mulatinho zarolho de Pedro Leopoldo que, com toda humildade do mundo, trouxe a caridade a milhares de brasileiros. Isso para não falar de seus ensinamentos. Para quem não conhece, ou conhece superficilamente, eu recomendo o livro do Marcel Souto Maior, "As Vidas de Chico Xavier".

Uma coisa que muito me orgulha é que o Chico mantinha correspondência com a minha bisavó paterna, que foi diretora de centro. Certa vez ela foi a Uberaba vê-lo e ele a reconheceu na hora, lembrando que ambos tinham ainda muito trabalho pela frente. Detalhe: ele NUNCA a tinha visto pessoalmente, ela estava em uma fila com mais centenas de pessoas e ele a saudou pelo nome!

Mas voltando a caridade: semana passada eu doei uns livros para uma instituição de caridade sul-africana, o Help Rural Children, que trabalha com crianças da zona rural, onde a pobreza é imensa, muitas dessas crianças não têm nem registro de nascimento (ou seja, elas não existem para o estado) e são regiões que sofrem com o problema do estupro de crianças, infelizmente muito comum em áreas rurais aqui da África do Sul. Deixei meus dados e contato com eles, me coloquei a disposição de fazer trabalho voluntário - qualquer que seja.

Sei que é um começo tímido, mas é um começo. Quem me conhece sabe que eu estou sempre ajudando as pessoas que me procuram de uma forma ou de outra (os alunos da UNIVALI que o digam...), mas essa iniciativa é diferente: vou ajudar gente que eu não conheço, o que torna qualquer iniciativa desse tipo mais válida ainda.

Como dizia Chico Xavier (de novo, ele):

Amar, sem esperar ser amado
Amar, sem esperar recompensa
Amar, simplesmente, amar

Bom crianças, por hoje é só.

E deixe que diguem, que pensem, que falem!

;-)

Plei